as horas extraordinárias

«bem fiz em ter por necessárias as horas extraordinárias.», sérgio godinho

Archive for Maio 2009

é coisa para ter ficado zero-zero.

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«Professores: não perderam exactamente, mas também não ganharam.», via Público

Written by Cláudio Vieira Alves

30/05/2009 at 17:05

Publicado em notícias

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fim-de-semana, no porto, é cheio como um jantar no restaurante machado.

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Durante este fim-de-semana o portuense poderá contar com diversas actividades, que como se costuma dizer são, para todos os gostos. Alguém com gostos alargados, ou que simplesmente tenha tempo para tal, poderá passar por todos estes locais sem gastar um único cêntimo em ingressos.

O programa das festas conta com algumas visitas à 6ª. edição do Serralves em Festa que, como se costuma dizer, tem cultura para todos e ainda cabem lá, depois disso, mais alguns. São 40 horas que ininterruptamente abarcam a totalidade das expressões artísticas desde as artes visuais passando pela música e até ao circo. Este ano a Fundação de Serralves celebra, ainda, os seus 20 anos de Fundação e os 10 anos do Museu. Portanto, tudo num ambiente de festa que se vive e que se assegura ser, pelo menos, um excelente passeio pelos Jardins de Serralves constantemente estimulado pela visão e audição de diferentes eventos.

[ Vídeo: “Serralves em Festa”, por Serralves ]

Por sua vez, e desde o dia 28 de Maio, em Santa Maria da Feira, decorre o Imaginarius: a 9ª. edição do festival internacional de Teatro de Rua. Ora, desde bem cedo e até às 3 da manhã o visitante pode passear por uma diversidade de eventos a decorrer simultaneamente em diversos espaços e locais daquela que tem feito história ao ser, culturalmente, uma das Vilas mais activas. Praticamente, todos os espectáculos – regra geral, de duração inferior a 60 minutos – são de entrada gratuita e posso, pessoalmente, garantir boas descobertas e um excelente nível que se estende desde a representação até aos workshop.

[ Vídeo: “Apresentação Imaginarius 2009”, por Feira Viva ]

No Domingo, dia 31 de Maio, durante a tarde – e, seguramente, para algo completamente diferente, decorre a Festa da Criança no Parque da Pasteleira. Pelas 15 horas, Carlos Vidal – na pele de Avô Cantigas desde 1982 – (en)canta com os velhos e os novos temas que interpreta. Sendo que com o recente álbum “Fantasminha Brincalhão” o Avô (mais parecido com Vital Moreira, desde sempre) tenha introduzido a electrónica, o autor de “Come a sopa, vá lá” ainda possui a mesma postura com que criou a personagem no, bem velhinho, programa de televisão Passeio dos Alegres.

[ Vídeo: “Come a sopa, vá lá”, por Avô Cantigas ]

Finalmente, e porque ao contrário de Cláudio Ramos, até acredito nos perigos do não-investimento, fica a sugestão de uma visita aos descontos na Stock Fashion – feira com descontos em roupa e calçado a decorrer no dia 30 e 31 de Maio na Alfândega do Porto. Mas, principalmente, a sugestão de, após o almoço e até  às 23 horas – durante o fim-de-semana – fazer uma visita à Feira do Livro do Porto que decorre, agora renovada e nos Aliados, até 14 de Junho. Com diversas actividades, lançamentos e promoções especiais que poderão ser seguidas a partir do site oficial desta 79ª. edição ou, mesmo, no blogue ou no twitter.

Em suma: literalmente, um bom fim-de-semana!

ordenam que os amem: mundo cão!

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Mundo Cão são, no panorama do promissor rock português, das poucas bandas de sonoridade gravemente eficaz e de uma criatividade versátil que ultrapassa, conscientemente, as barreiras do suposto alternativo. Ultrapassa para, e roçando-o alegremente, abarcar tudo e todos sem perder a viagem de culto às cores que a música pode ter numa madrugada mais escura.

Assumidamente partilham o génio musical da composição de Miguel Pedro e Vasco Vaz (compositores dos Mão Morta) com as letras de Adolfo Luxúria Canibal (vocalista e letrista dos Mão Morta). Recentemente, as líricas são, também, partilhadas pelo punho de Valter Hugo Mãe. Com todos estes nomes, claro!, o resultado só poderia ser assinalável.

A voz de Pedro Laginha assenta que nem uma luva, e é a cereja no topo do bolo, de uma formação composta pelo baterista Miguel Pedro, o inventivo guitarrista Budda, o homem dos diversos intrumentos Vasco Vaz e o baixista Canoche.

Esta foi justamente a banda-revelação de 2007 e com o novo álbum “Geração da Matilha”, a banda de “Morfina” reforça a sua posição no mercado. Cantam um Mundo Cão, que é o deles. E se o aceitarmos – porque a aceitação é quase sempre o primeiro degrau da cura – o nosso, também.

O seu recrutamento de elementos para a “Geração da Matilha” acontece, para já, com as seguintes datas anunciadas:

06 Junho: Theatro Circo – Braga

13 Junho: Santa Iria da Azóia

03 Julho: Ovar

10 Julho: São João da Madeira

16 Julho: Vila Real

14 Agosto: Manique do Intendente

 

Cartaz de promoção do concerto dos Mundo Cão, no Theatro Circo.

Cartaz de promoção do concerto dos Mundo Cão, no Theatro Circo.

 

Anseio, pois, pelo concerto de 6 de Junho, no Theatro Circo, em Braga – concerto onde os Mundo Cão se movimentarão em terreno querido e conhecido . Espera-se um excelente espectáculo pela modesta quantia de € 7.

Até lá, fique-se com o videoclip do primeiro single “Ordena que te ame”, do novo álbum “Geração da Matilha”.

[ Vídeo: “Ordena que te ame”, por Mundo Cão ]

Written by Cláudio Vieira Alves

28/05/2009 at 18:00

Publicado em concertos, música

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«você está aqui, sistematicamente, a fazer acusações. um jornalismo disfarçado de entrevista.»*

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«A TVI, mais concretamente algumas das suas emissões do Jornal da Noite de sexta-feira, foi condenada pelo Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social por “desrespeito de normas ético-legais aplicáveis à actividade jornalística”. (…) Ao todo entraram na ERC dez queixas, apresentadas por cidadãos entre 16 de Fevereiro e 30 de Março de 2009, que visavam, entre outras, as edições do Jornal da Noite de 30 de Janeiro, 13 de Fevereiro, 1 de Março e 27 de Março.», via Público

* ainda no rescaldo do episódio entre Manuela Moura Guedes e Marinho Pinto – que tenha, pelo menos, servido para uma maior mediatização e debate público do pretenso-jornalismo da informação da TVI, já não é mau.

Written by Cláudio Vieira Alves

28/05/2009 at 14:21

skunk anansie, em versão best of, voltam aos coliseus em 2009.

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Os Skunk Anansie formaram-se em 1994 e – apesar da saída do baterista original, Robbie France, nos seus primeiros passos musicais – estiveram juntos até 2001. Foram, e são, reconhecidos como uma das principais bandas de rock britânico e ao longo desses anos editaram 3 importantes álbuns de rock alternativo. O rock deles afirmando-se explosivo e orgulhosamente carregado de raiva consistiu numa abordagem simultaneamente feminista e racista. Se, de diferentes formas, a fórmula do rock tocado pelo metal se encontra nestes álbuns, noutra perspectiva, os Skunk Anansie foram das bandas onde os inventos criativos da electrónica e do processamento de efeitos de um baixo (tocado e reinventado por Cass Lewis) melhor se harmonizam com a fórmula base e o compasso quaternário sujo do rock.

Skin, vocalista dos Skunk Anansie.

Skin, vocalista dos Skunk Anansie.

Posteriormente ao rompimento com a banda, a vocalista e líder Skin – de uma voz aguda, com muita personalidade e fortemente reconhecível por todos os adeptos de diferentes quadrantes musicais – ainda procurou traçar o seu caminho de um modo solitário. Porém, acabou por viver durante estes últimos anos na sombra dos Skunk Anansie e mesmo nas suas prestações ao vivo – onde sempre teve uma tendência para desafinar – era ao recordar as músicas da banda de “Charlie Big Potato” que conseguia obter uma plateia vibrante. Apesar dos seus desafinos, honra lhe seja feita, é notável a forma explosiva e viva como Skin vive o palco e consegue transportar a sua audiência para o que nele se passa.

Actualmente, aproveitando o lançamento de um “Greatest Hits” e de um revivalismo dos anos 90 que tem feito diversas bandas reunírem-se (Guano Apes, Limp Bizkit, etc), os Skunk Anansie voltam a juntar-se partilhando as mesmas intenções musicais e unidos em torno da mesma banda que os viu crescer e ganhar notoriedade como músicos. Espera-se que, actualmente, possuam a mesma criatividade de outrora e que permaneçam movidos por o politicamente incorrecto ao invés de, apenas, as comuns e fatais aspirações financeiras.

Nesta digressão da colectânea de sucessos poderemos comprovar a sua forma e conteúdo pois os Skunk Anansie passarão, também, por Portugal nos dias 3 e 4 de Novembro de 2009, pelos Coliseus de Lisboa e do Porto, respectivamente. Os ingressos custam entre € 28 e € 34 e já estão disponíveis para aquisição.

Recorde-se como um bom exemplo (um dos muitos possíveis!) da electrónica suja dos Skunk Anansie  o tema “Twisted (Everyday Hurts)”, do segundo álbum “Stoosh” de 1996.

[ Vídeo: “Twisted (Everyday Hurts)”, por Skunk Anansie ]

Written by Cláudio Vieira Alves

28/05/2009 at 13:27

a precariedade neste país é tragédia digna de filme de terror.

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Written by Cláudio Vieira Alves

25/05/2009 at 20:15

dos eufemismos da política moderna mascarada de demagogia.

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«O cabeça de lista do CDS-PP às eleições europeias, Nuno Melo, defendeu hoje que a política de imigração deve ser “menos flexível” em tempos de crise, quando as economias não são capazes de gerar emprego.», via Público

Written by Cláudio Vieira Alves

25/05/2009 at 17:07

Publicado em notícias, política

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a programação das noites ritual rock 2009.

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O cartaz para a edição de 2009 das Noites Ritual Rock está já encerrado e foi ontem conhecido.

O festival decorre, como habitual, nos Jardins do Palácio de Cristal, nos dias 28 e 29 de Agosto. Tal como nas duas últimas edições na edição do ano anterior será, novamente, de entrada gratuita e ao longo destes dois dias de festival será possível assistir a bons exemplos da actual música portuguesa.

O arranque é dado pelo som característico das cordas do contrabaixo e da guitarra dos Dead Combo. Agora que Pedro Gonçalves e Tó Trips se encontram divididos entre outras colaborações e diversos projectos musicais, os espectáculos em nome dos Dead Combo têm sido mais raros. Assim, esta é uma das poucas oportunidades para os rever ao vivo.

É, igualmente, na primeira noite que o mais recente trabalho de Manuel Cruz – apresentado pela primeira vez, no Porto, a 12 de Junho, no Teatro Sá da Bandeira – Foge Foge Bandido sentirá o acolhimento que outrora, vestindo a pele de líder de Ornatos Violeta, Pluto ou SuperNada, sempre mereceu. Principalmente no seio deste festival.

Manuel Cruz e o seu projecto Foge Foge Bandido.

Manuel Cruz e o seu projecto Foge Foge Bandido.

O público presente nesta edição será, ainda, contemplado com a oportunidade de assistir ao espectáculo envolvente da Deolinda e do fado desempempoeirado que este grupo pratica. Esta é, apenas, a 4ª vez que actuam na cidade invicta e agora que sabemos que a sua digressão tem colhido boas críticas nos espectáculos, também, ao ar livre espera-se um merecido desfecho para a primeira noite deste festival.

O fim da segunda noite, ao rever Mão Morta, promete. Recorde-se que os Mão Morta se encontram, na minha opinião, na melhor forma de sempre e que, previsivelmente, se ocuparão de celebrar, mais uma vez, o seu espectáculo “ventos animais”. Mas esta noite não será, apenas, da descarga de rock caótico e anárquico dos bracarenses liderados por Adolfo Luxúria Canibal. Nem tão pouco as bandas que os antecedem são pequenas bandas de aquecimento.

De facto, nesta segunda noite desfilarão as esperadas novidades do novo álbum dos Blind Zero, habitués de outras edições deste festival e que, a julgar pelo elogiado espectáculo rock que prestaram na Queima das Fitas do Porto não irão – de forma alguma! – desiludir.

Os Pontos Negros.

Os Pontos Negros.

A abertura desta segunda e última noite de festival fica a cargo de, e numa representação do novo rock português, Os Pontos Negros. Estes ocuparão, também, o seu lugar no palco portuense de rock que, venha a autarquia que vier, é já é um ritual.

Ora, e resumidamente: 28 e 29 de Agosto. Nos jardins do Palácio de Cristal. Gratuito. E com a seguinte programação para o palco principal:

  • 28 de Agosto (sexta-feira):
    • Deolinda
    • Foge Foge Bandido
    • Dead Combo
  • 29 de Agosto (sábado):
    • Mão Morta
    • Blind Zero
    • Os Pontos Negros

Written by Cláudio Vieira Alves

25/05/2009 at 03:14

ainda sobre o «jornalismo baseado na polémica».

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[ Vídeo: Entrevista a Rodrigo Amarante, dos extintos Los Hermanos ]

Written by Cláudio Vieira Alves

23/05/2009 at 15:58

uma imagem vale mais que mil acusações.

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O ocorrido ontem, no jornal nacional da TVI, é tão perturbante como histórico. O episódio decorre entre o Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, e a habitual apresentadora daquele que, recentemente, foi apelidado de «telejornal travestido»: Manuela Moura Guedes.

O vídeo merece ser (re)visto na íntegra. Importa, porém, contextualizar que a tomada de posição mais severa de Marinho Pinto e a troca de acusações desencadeada decorre depois de Manuela Moura Guedes referir-se a Marinho Pinto como sendo “um bufo” e que “podia fazer mais pela sua classe”. Marinho Pinto, visivelmente incomodado, aproveita para disparar aquilo que a generalidade das pessoas sente quando forçado a assistir a este jornal ou, num sentido mais global, à informação desta estação televisiva. Por sua vez, Manuela Moura Guedes, a dado momento, contém-se optando por vestir um modo mais cínico – pessoalmente, gosto de imaginar que foi o marido que, pelo auricular, lhe ordenou que se contivesse.

Written by Cláudio Vieira Alves

23/05/2009 at 15:55

não tem nada que se lhe diga. e se quiser até pode instalar o minesweeper.

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Cliente – Bom, realmente eu queria comprar este MacBook mas, na realidade, tenho algumas dúvidas e receios.

Vendedor – Como assim?!

Cliente – Em termos de adaptação ao sistema operativo. Isto é coisa simples?! Nunca trabalhei com nenhum.

(O vendedor despreocupadamente começa a encaminhar o cliente para a caixa e apresenta-se já munido de um exemplar do portátil da Apple. Aproveita para recorrer à técnica mais portuguesa de vendas: a mentira.

Vendedor – Igualzinho ao Windows. Só que: em vez de ter um botão “iniciar”, é uma “maçã”…

Windows vs. Apple

Windows vs. Apple

Written by Cláudio Vieira Alves

21/05/2009 at 09:00

topava-se ao longe as suas perturbações sexuais.

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Era um homem de ar andrógeno. Pensei ser, apenas, um daqueles excêntricos modernos. As dúvidas dissiparam-se quando, naquele seu jeito, pediu na gelataria: “um super-pau, por favor”.

Written by Cláudio Vieira Alves

20/05/2009 at 17:47

ana maria magalhães e isabel alçada agradecem que ninguém lhes belisque o negócio.*

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«Sócrates elogia Alegre por não ter optado pela “aventura de criar um partido”.», via Público

* de outras aventuras.

Written by Cláudio Vieira Alves

16/05/2009 at 15:02

aviso à população: concerto dos doismileoito.

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O concerto previsto para hoje – no Passos Manuel e no âmbito de mais uma noite Alta Baixa– dos doismileoito foi adiado.

doismileoito

doismileoito

Quando os subúrbios são culturalmente mais ricos que a cidade sobre o qual, actualmente, apenas geograficamente se encontram ao redor: sobram outras opções.

A de ver os doismileoito, amanhã, 17 de Maio, pelas 16h30min. integrados na programação do 16º. Festival da Música da Maia que decorre, como de costume, no Fórum da Maia. Estarão, pois, a tocar em casa.

Written by Cláudio Vieira Alves

16/05/2009 at 14:48

ainda se fosse a clássica “portuguese do it better”.

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Homem seguro e de um passo, praticamente tão dançante como confiante. Atira um “oi!” para os presentes seguido de um olhar perverso dos pés à cabeça, demorando-se no rabo ou nas mamas (consoante a posição espacial), de todas as mulheres que se encontram nesta sala de espera para uma entrevista de emprego individual.

Na escolha do vestuário: a mesma segurança. Envergava, orgulhosamente, uma t-shirt que revelava o seu gosto excessivo e obsessivo pela numerologia: “i want… 69“.

Não se percebe, bem sei, mas nem sequer foi recebido num gabinete. Não esteve naquela sala de espera mais de 5 minutos e infelizmente não consegui ouvir o que lhe dizia, em sussuros e de modo delicado, a jovem recepcionista que ficou corada antes de ele sair. Saiu reclamando, entre dentes, qualquer coisa que me soou a um calão que já usei, uma ou outra vez, em alturas em que me magoei ou que perdi a jogar às cartas.

Os outros riram-se dele. Eu, na realidade, achei-me preconceituoso

 

t-shirt semelhante ao traje escolhido pelo candidato.

t-shirt semelhante ao traje escolhido pelo candidato.

Written by Cláudio Vieira Alves

16/05/2009 at 10:00