as horas extraordinárias

«bem fiz em ter por necessárias as horas extraordinárias.», sérgio godinho

Archive for Dezembro 2010

discos que vão para além de 2010. (i)

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V, de Tiago Guillul

V, de Tiago Guillul

Depois de quatro discos de originais, e no ano em que Tiago Cavaco enterra 10 anos de carreira de Tiago Guillul, o pregador-cantor que criou a FlorCaveira editou no início do Verão de 2010 o “V”.

O disco, numa edição em duplo formato: CD e LP, rapidamente apanha o ouvinte pelo seu tom bem disposto pintado em tons de areia, pelas líricas despretensiosas e pelas frases musicais coladas em camadas e que se agarram ao céu da boca. A matéria-prima deste quinto longa-duração foi despejada lá para dentro com cantores da música portuguesa que vão do Rui Reininho ao Joaquim Albergaria, passando pelo Samuel Úria, com muitos dos intrumentistas da FlorCaveira (como é o caso de Os Pontos Negros) e com histórias para todos as temáticas — política, família, rock de garagem, religião, etc. Ainda, a produção mais cuidada onde existe uma clara opção de abandono do lo-fi — presente na sua discografia, por exemplo, até ao anterior “IV” — permite empacotar todo o disco como mais perceptível e, neste contexto, mais valioso.

É, para mim, o principal disco da carreira de Guillul, uma importante e diferente visão de como fazer rock popular português, um conjunto de boas canções e, declaradamente, parte integrante da minha lista dos melhores de 2010.

[ Vídeo: “São sete voltas p’rá muralha cair”, por Tiago Guillul (com joaquim albergaria) ]

Written by Cláudio Vieira Alves

30/12/2010 at 15:33

um vídeo por dia, nem sabe o bem que lhe fazia. #28

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O tempo é de boa disposição, o tempo é de festas, o tempo é de debates presenciais. E eu?, há tanto tempo não pespego aqui um vídeo com o Cavaco? Nesta mensagem de Natal do Sr. Silva — musicalmente remisturada por Rui Unas — considerem que levam a Maria de presente. Presépio feliz, não?

[ Vídeo: “Mensagem de Natal do Presidente da República”, versão de Rui Unas/Última Ceia ]

Written by Cláudio Vieira Alves

29/12/2010 at 15:06

discos que vão para além de 2010.

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2010 foi, à semelhança da segunda metade dos anos 00, um ano preenchido de boa produção musical portuguesa. Os escaparates das lojas de discos renovaram-se, semanalmente, com o nascimento de novas edições. Destas, um significativo punhado de discos vai sobreviver para lá das habituais listas dos melhores discos do ano e, neste contexto, interessa-me destacá-los. Assinalarei as escolhas de discos que, não sendo necessariamente os mesmos dos fazedores das listas do ano, ocupam a posição cimeira das minhas pilhas — aquelas que, organizadamente, tenho tendência a amontoar junto ao hi-fi que rodou, cada um dos CD, pela primeira vez.

pilha de discos de fim de ano.

pilhas de alguns discos (em audição) editados em 2010.

Assim, ao longo dos próximos dias e ainda por 2011 dentro, publicarei aqui cerca de uma dezena de discos portugueses editados em 2010 e que vos recomendo a registar na memória auditiva. Sem muitas palavras, nem rankings adjectivados. Um género de lista desorganizada que se organiza para ser essa mesma lista — simples, tal qual como se pousam os discos, os livros e os filmes nas prateleiras.

Written by Cláudio Vieira Alves

29/12/2010 at 10:37

as mezinhas caseiras e as cores na tabacaria.

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As habituais gripes e constipações da época invernal recordo que, em casa dos meus Pais, curava com xaropes caseiros de cenoura misturada com acúcar amarelo, chás e alguma pachorra. Filho de um Pai asmático e com uma irmã que passou a infância a correr para o Hospital para receber oxigénio, os meus breves e sazonais episódios de vias respiratórias obstruídas sempre foram tratados domesticamente, e muito bem, como coisa miúda.

Hoje, na ânsia de ultrapassar com maior celeridade a sinfonia de tosse ou abrandar a febre que me faz ferver o sangue, não abdico de uma boa caixa de ben-u-ron antes de utilizar a fórmula do leite a ferver com um pouco de whisky  — receita que, ao longo dos anos, alterei por aguardente velha e/ou cognac. No que respeita à via respiratória, e para acalmar a tosse, troco o fiel Português Amarelo pelo velhinho SG ultra-light — hoje chamam-lhe SG platina — e somo-lhe um pacote de rebuçados, o que resulta num simples pedido colorido ao homem da tacabacaria: “Um pacote azul de Halls e dois SG dos cinzentos.”

Written by Cláudio Vieira Alves

28/12/2010 at 20:30

as festas das boas dão-se. mas, principalmente, fazem-se.

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A todos, mas principalmente para nós/vós, um Bom Natal.

[ Música: “Dia de Natal”, de B Fachada ]

Desejo, profunda e sinceramente, que o Natal nos trate bem e que nele se renove a força para fazermos do próximo ano aquele em que, no mínimo, se vai espelhar o nosso empenho.

De resto: rir dos Pais Natais e mandá-los lixar já não vai nada mal de prenda.

 

foto: o natal é um mimo, por cláudio vieira alves.

foto: o natal é um mimo, por cláudio vieira alves.

Written by Cláudio Vieira Alves

23/12/2010 at 16:15