as horas extraordinárias

«bem fiz em ter por necessárias as horas extraordinárias.», sérgio godinho

Archive for the ‘cinema’ Category

o cinema nun’álvares vai hibernar.

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Pouco mais de um ano depois de se ter escrito que o Cinema Nun’Álvares reabria, esta sala volta a fechar as portas ao público. Para já, anunciado de fininho como sendo por tempo indeterminado, fecha a sala da Guerra Junqueiro sem qualquer data prevista para a sua reabertura.

Com directa responsabilidade dos investidores e promotores das iniciativas — que assentam as suas (fracas) estratégias na mimetização do comportamento e da oferta das outras salas — a verdade é que a autarquia do Porto tem alguma responsabilidade. Com efeito, não existe qualquer iniciativa da Câmara Municipal do Porto em valorizar as suas infraestruturas históricas nem em contrariar o encerramento e esvaziamento das mesmas. Na realidade, essa é uma actividade que é desprezada pelo Rui Rio e que não constitui qualquer tipo de prioridade.

E é assim que, com os braços cruzados de Rio, fechou ontem o Batalha, e hoje o Nun’Álvares. Amanhã?, o Rivoli? E depois de amanhã: o Sá da Bandeira?

E, até quando?

Written by Cláudio Vieira Alves

01/03/2011 at 12:19

um fantasporto sem cenas chocantes, é como comer um rebuçado com papel.

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Arranca hoje, de 21 de Fevereiro e até 6 de Março, o 31º Festival Internacional de Cinema do Porto, a edição de 2011 do Fantasporto. Promovido, desde 1981, pela cooperativa Cinema Novo ocupa neste ano, e como vem sendo habitual, mesmo entre as queixas de orçamentos limitados e de poucos patrocínios, o Teatro Rivoli. Quer no grande, quer no pequeno, auditório, ao longo de pouco mais de duas semanas decorre aquele que é o principal festival de cinema português e considerado como um dos 60 principais festivais de cinema do mundo.

Cartaz do "Fantasporto 2011".

A programação está disponível no site da edição deste ano e, para os utilizadores mais tecnológicos (iPhone, Android ou Google Calendar) — por cortesia do Aberto até de Madrugada —, como já vem sendo tradição, poderão dispôr do calendário sempre actualizado com todas as informações (ver aqui). No que toca a selecção de filmes, vale a pena ler as recomendações apresentadas pela Splitscreen (aqui).

As atenções estão viradas para o I saw the Devil, de Ji-woon Kim que hoje, depois do 127 Hours, pelas 23h15min., é exibido — e, de novo, em competição na secção Orient Express, na terça-feira, 1 de Março, pelas 23h15min.. É o seu terceiro filme no Fantasporto depois de, em 2004, vencer o Fanstarporto com o A Tale of Two Sisters.

[ Vídeo: Trailer “I saw the Devil”, por Ji-woon Kim ]

Written by Cláudio Vieira Alves

21/02/2011 at 13:47

mão morta extraditados ao país do fantástico.

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Arranca hoje (3 de Fevereiro) o ciclo Noites do Rivoli: um ciclo de concertos promovido pela Cinema Novo — entidade que organiza e promove o Festival de Cinema Fantasporto — e que leva a palco uma panóplia de espectáculos diferentes. Este ciclo, dividido em 3 actos e  que se estende até 18 de Fevereiro, leva ao palco do Teatro Municipal Rivoli noites de rock, convidados humoristas, teatro e terminará com alguns cantores que se apresentam em nome próprio.

Cartaz das Noites do Rivoli, 2011

O convite para a abertura deste ciclo foi feito aos Mão Morta que, aceitando o convite, conceberam um espectáculo único, especial e que asseguram como irrepetível — concerto a que chamaram “Mão Morta no País do Fantástico“. Assim, ao longo do concerto desta noite, o rock  do sexteto de Braga apresenta-se munido de cenário e guarda-roupa especial para levar a cabo aquilo que prometem ser um concerto de homenagem às fíguras míticas do cinema fantástico.

Acreditem que os Mão Morta sabem o que é preparar um espectáculo especial — basta espreitar os registos em vídeo dos “Cantos de Maldoror” (um espectáculo inspirado no livro com o mesmo nome, do século XIX e escrito por Conde de Lautréamont (pseudónimo de Isidore Ducasse).

Resumindo: hoje, pelas 21h45min., no Teatro Municipal Rivoli, Mão Morta no País do Fantástico, por € 12,50.

[ Vídeo: “A Poesia”, por Mão Morta ]

Written by Cláudio Vieira Alves

03/02/2011 at 17:28

sofia: fotografia e música.

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Sofia Coppola, fotografada por Paul Jasmin.

Sofia Coppola, fotografia por Paul Jasmin.

Sofia Coppola, a filha de Francis Ford Coppola e a primeira realizadora americana a ser nomeada para um óscar, tem todos os atributos para nos pôr a cantar.

[ Vídeo: “Sofia”, por João Coração ]

Written by Cláudio Vieira Alves

31/01/2011 at 20:13

nunca o defeito da música portuguesa foi o de ser portuguesa.

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Cada vez mais vivemos excelentes tempos de muita, e diversificada, produção de música portuguesa. Cada vez menos a ignorância proclama que o defeito da música portuguesa é o tão só dela mesma ser portuguesa. Cada vez mais, acredito!, a música portuguesa poderia ser, dentro e fora da sua própria tradição, um universo musical marcante e significante. Somos, musicalmente, uma viagem que parte de nós, se encerra em nós e, pelo caminho, transporta meio mundo. Porque, o sabemos desde sempre, é a nossa música com tudo aquilo que o nosso, de bom e de mau, carrega.

Finalmente, e depois de o ter referido aqui, o filme-documentário “SIGNIFICADO — A música portuguesa se gostasse dela própria” chega ao Porto. Depois do Festival IndieLisboa, e de diversas linhas escritas sobre o assunto (ver artigo no ípsilon sobre Tiago Pereira e a entrevista ao Público deste realizador), Tiago Pereira será exposto amanhã, quinta-feira, dia 6 de Maio, pelas 22 horas, no Cinema Passos Manuel. Serão dois os filmes exibidos: “B Fachada — Tradição Oral Contemporânea” e “SIGNIFICADO — A música portuguesa se gostasse dela própria” com um bilhete único (€ 3,5).

Cartaz do Filme-Documentário "SIGNIFICADO"

Cartaz do Filme-Documentário "SIGNIFICADO"

O trailer do filme-documentário “SIGNIFICADO” está disponível para visualização aqui e, entretanto, ficam com — para além do convite e da forte recomendação para que assistam a estes dois filmes —, para abrir o apetite, um pequeno clip de B Fachada que integra o Andanças 2008 (pela lente, valiosa edição e montagem de Tiago Pereira  alguns dos frames que integram o lote de imagens incluídas no “Tradição Oral Contemporânea”).

[ Vídeo: “B Fachada — Tradição Oral Contemporânea”, por Tiago Pereira ]

Written by Cláudio Vieira Alves

05/05/2010 at 08:11

a qualquer-coisa-comédia que resulta.

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Woody Allen estava, há tempo demais, sem fazer uma boa comédia como esta. “Whatever Works“. Quando escolhi vê-lo, no pequeno ecrã de 13 polegadas do meu portátil, parecia-me que este filme nunca chegaria a estrear cá. Mas — é certo que com um grande atraso — cá está. Em Portugal, a somar ao atraso na estreia do filme, o poster escolhido para divulgação do filme foi outro. Engana. Adapta o título original do filme, e imagem do poster original, para o aproximar à imagem das comédias românticas. E, por mim, se isso ajudar à divulgação, nada contra.

Poster original do filme: "Whatever Works"

Poster original do filme: "Whatever Works"

A experiência, no cinema, é outra e a sensação de que Boris (Larry David) interage com o espectador é, neste caso, efectiva. Este filme não tem Woody Allen. Ou, de outra forma, tem um Allen mais cínico, mais desagradável, mais cáustico, mais expressivo na voz e religiosamente, de todo, mais violento e sarcástico. Um Woody Allen menos neurótico, menos nervoso, menos expressivo nos gestos e bem menos atabalhoado. Tem, portanto, Larry David. O mesmo Larry David que, ao representar-se a si mesmo, na sua série “Curb Your Enthusiasm”, nos deixa, constantemente, desconfortáveis e com a sensação mas-isso-só-pode-correr-mal. Porém, em “Whatever Works”, Larry David é um Boris que, ao longo do filme, acaba por conquistar o espectador. Com ternura, até. E, para mim, ver a representação deste papel entregue a Larry David foi uma boa surpresa.

O argumento transpira Woody Allen? Decerto que sim. Mas, e como nem sempre aconteceu na última década nas comédias de Allen, resulta. E resulta muito bem. A matéria prima para que resulte reside, primeiro, no argumento.

Depois: Woody Allen, é um facto, filma Nova Iorque de uma forma que até o mais profundo terrorista anti-ocidental se consegue apaixonar por essa cidade. A cor é outra; as pessoas parecem mais reais. Se a imagem a Technicolor tivesse de ter uma definição visual, eu teria de apontar um pedaço de uma fita de Allen. A imagem, a banda sonora, o ritmo com que as cenas se sucedem e o enquadramento com que os monólogos versus diálogos são fimados dizem muito ao caso. Este é o segundo pilar que contribui para que o filme funcione: a realização.

Este é um filme coerente com a sua obra e, ao mesmo tempo, um filme que é novo na sua forma, conteúdo. Já o disse: resulta bem. E, apesar de toda a reflexão existencial — que é comum aos seus principais filmes —, a verdade é que (contrariamente ao que nos é avisado) este é o filme que dispõe bem. Para já, e para mim, do ano.

[ Trailer: “Whatever Works”, um filme realizado e escrito por Woody Allen ]

Written by Cláudio Vieira Alves

07/02/2010 at 16:42

desenhos animados para o menino e para a menina.

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[ este post foi publicado originalmente no blogue do despertar o sótão com o título “cinanima: o conteúdo do segundo evento.”]

O CINANIMA, festival de cinema de animação, é organizado pela NASCENTE (Cooperativa de Acção Cultural C.R.L.) juntamente com a Câmara Municipal de Espinho, desde 1976. Sendo um dos mais conhecidos e reputados festivais a nível internacional, o CINANIMA tem desenvolvido uma importante actividade na divulgação desta forma cinematográfica e seus autores. Além de promover o contacto e formação dos profissionais da área, o festival permite o acesso, do grande público, a uma selecção de curtas e longas-metragens de elevada qualidade e originalidade. A edição de 2009, realizada entre 9 e 15 de Novembro, não foi excepção!

cinanima 09

cinanima 09

A cidade do Porto terá oportunidade de o comprovar, pela mão do despertar o sótão, com a apresentação dos “Premiados do CINANIMA 2009” no Cinema Nun’Álvares. A data e o conteúdo serão revelados nos próximos dias.

Written by Cláudio Vieira Alves

26/01/2010 at 08:17

o cinema nun’álvares já despertou.

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[ post publicado, originalmente, no blogue do despertar o sótão e relativo ao Cinema Nun’Álvares — o local do próximo evento. ]

Graças ao portuense Aurélio Paz dos Reis, realizador do primeiro filme em Portugal, a cidade do Porto ganhou o epíteto de “berço do cinema português. “A Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança”, réplica do primeiro filme da história do cinema (dos irmãos Lumiére), foi projectado no Teatro do Príncipe Real (mais tarde baptizado de Teatro Sá da Bandeira), corria o ano de 1896. O Jardim da Cordoaria alberga, em 1906, a primeira sala de cinema da cidade, com o pomposo nome de salão “High-Life”…

Mais de um século volvido, e apesar de ainda dispormos da companhia do maior realizador português da história, Manoel Oliveira, o actual panorama cinematográfico não faz jus aos pergaminhos históricos da cidade. A desertificação do Porto, associada a um certo deslumbramento tecno-consumista que foi crescendo na sociedade moderna, ditou o abandono das históricas salas de cinema. Inaugurado em 1949, o Cinema Nun’Álvares (localizado na Rua Guerra Junqueiro), foi o último de uma série de espaços (Pedro Cem, Foco, Charlot, Cinema Batalha, Trindade, Terço, Passos Manuel entre outros) a fechar as portas. A ausência de público e a acumulação de dívidas foram fatais para o Cinema Nun’Álvares, restringindo a escolha de sala de cinema, dos portuenses, a um dos ditos multiplexes da cidade e arredores.

Cinema Nun'Álvares

Cinema Nun'Álvares

Desde esse fatídico mês de Janeiro de 2006, muito foi dito e escrito sobre as já existentes dificuldades económicas da região e a inexistência de uma política cultural coerente, quer a nível local como a nível nacional, de apoio às artes. Mas, eis que a aurora se anuncia, graças a um corajoso grupo de empreendedores que acredita na viabilidade económico-social de algo tão “antiquado” como uma verdadeira: Sala de Cinema. O Cinema Nun’Álvares reabriu, em Dezembro último, com a estreia de “Avatar”, dotado de um dos melhores sistemas de projecção digital a nível nacional. Renasce assim a esperança de uma nova era, na projecção de cinema no Porto, num espaço com: óptima localização (perto da Rotunda da Boavista), boas condições (projecção, climatização e larga lotação) e tratamento afável por parte dos responsáveis.

Só falta a adesão dos portuenses… Ou talvez já nem isso falte!

Written by Cláudio Vieira Alves

16/01/2010 at 08:14

do filme avatar, sopram excelentes imagens…

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… mas uma péssima banda sonora. Se é verdade que os batuques tribais remetem para um ambiente Pocahontas desnecessário, é ainda mais verdade que há uma música a cortar os créditos finais digna das piores. Das piores de todas as músicas da história das bandas sonoras cinematográficas.

[ Vídeo: “I see you”, por Leona Lewis ]

Sejamos honestos: nem a Celine Dion conseguiria fazer uma coisa, assim, tão má.

Written by Cláudio Vieira Alves

28/12/2009 at 14:48

Publicado em cinema, música

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avante com a festa — merecedora desse nome.

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A Festa do Avante! não é só a festa política do PCP, nem um festival de música portuguesa. Nem é tão pouco um arraial. O Avante! é — e já o escrevi em 2005 — uma diversidade cultural de eventos, pessoas e sensações que dá gozo conhecer e viver. É a festa da, e para a, gente. Um mar de humanidade que, se por vezes esmaga e incomoda, também sorri e troca histórias e conversas entre experiências de gastronomia nacional. São conversas de quem, sente-se na honestidade do sorriso, ama viver e que narra, muitos na primeira pessoa, as histórias desta nossa terra. A Quinta da Atalaia vira um pequeno mundo de convivência perfeita que devia durar mais de 3 dias.

As gentes e a Festa do Avante! (foto de nfcastro)

As gentes e a Festa do Avante! (foto de nfcastro)

Desde que fui à Festa — passa quase uma década em que apesar de tantas mudanças— não falto um ano. Foram, em alguns anos, as minhas únicas (e, ainda assim, felizes) férias. Este ano, nos dias 4, 5 e 6 de Setembro, naturalmente que por lá andarei. E a esse respeito, já agora, espreite-se um pouco das minhas escolhas musicais pessoais no vasto programa invejável e no qual encontro sempre dificuldades em repartir-me. É que o programa da música — como uma cereja no topo do bolo que é o Avante! —, tal como nos anos anteriores, permite aos participantes encerrar o Verão com a melhor celebração possível, apresentando muitas propostas para esse efeito.

Palco 25 de Abril

Auditório 1.º de Maio

Repito: escolhas musicais pessoais. Estes são apenas alguns dos espectáculos que decorrem em dois, os principais, de muitos palcos espalhados pelo recinto. A somar ao AvanTeatro, ao Espaço Internacional, aos Cafés-Concerto, Exposições, Feira do Disco, Feira do Livro, Feira de Artesanato, etc.

Díficil é, garanto-vos, conseguir ver e estar presente em tudo. Toda a informação (oficial) aqui.

Written by Cláudio Vieira Alves

31/08/2009 at 23:45

«rewinders»: foi do caraças!

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[ post publicado, originalmente, no blogue do despertar o sótão. agradeço, sinceramente, aos leitores deste espaço que puderam partilhar este evento connosco. ]

«rewinders», no início da sua emissão.

«rewinders», no início da sua emissão.

O tempo ganhou asas e, sim, pode-se dizer que voou. A organização foi minuciosa, a pesquisa às mais pequenas falhas foi complexa e demorada. Renegando o amadorismo habitual, presente nestas actividades gratuitas, procurou-se o sucesso. E na realidade, no final, tudo correu como previsto. Na opinião dos participantes, partilhada pelos organizadores, esta não poderia ter sido uma melhor estreia. Um bom evento cultural que, num espaço antigo, contagiou. O epicentro e a cultura, também, combinam com Porto.

A noite de 18 de Julho de 2009 trazia, contrariamente ao normal, um Grande Porto vivo de eventos. Mas, no coração da cidade, uma artéria bateu bem forte — quase em ritmo de maratona, nos 30 quilómetros e a acelerar para a vitória —, o despertar o sótão juntou no seu evento, ao longo da noite, mais de 100 participantes. Um número e um desenrolar do evento que transcenderam as expectativas e provaram: o Porto está vivo e os portuenses bem despertos. A cidade é nossa!

O «rewinders», um evento kitsch e revivalista com pretensões de boa disposição, marcou, com o riso, as fachadas dos prédios velhos da Rua Miguel Bombarda. Sorrisos que se trocaram, partilharam e, no fundo, contagiaram aquele pedaço de Porto.

A oferta cultural foi diversificada e criteriosamente escolhida — um teledisco, dois desenhos animados, três anúncios e um filme. E no fim, contabilizaram-se, quase cinco horas de música.

A galeria de fotos fica disponível para visualização e download aqui.

Renovamos, ainda, o nosso sincero agradecimento a todos os presentes e às diversas palavras de incentivo que nos fizeram chegar. Obrigado a todos aqueles que nos enviaram as fotos e uma referência especial pelas fotos a preto e branco da autoria de Ricardo Couto | criar comunicação.

Fica a promessa de mais novidades para lá do período das toalhas na areia. Voltará mais um evento despertar o sótão e o Ferrero Rocher — duas marcas já, igualmente, fortíssimas.

Até lá, despertar o sótão ao vosso dispôr através de e-mail, twitter e/ou facebook.

Written by Cláudio Vieira Alves

06/08/2009 at 10:30

o meu baú de recordações é um tesouro. #03

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[ originalmente publicado no blogue do despertar o sótão como: «rewinders», o evento que volta atrás no tempo. ]

À memória de um tempo que volta atrás — se rebobinado na cassete da alma que é a memória — lançamos o primeiro evento cultural do despertar o sótão: rewinders.

«rewinders», o cartaz de promoção do evento.

«rewinders», o cartaz de promoção do evento.

Apresentando um cartaz diversificado, na noite de Sábado, 18 de Julho propomos nos espaços JUP, e com início pelas 21h30min., aquela que será uma noite da memória, com um outro tanto de memorável.

Senão, vejamos: uma primeira parte que contará com diversas surpresas. A meninice estalará, certamente, entre um delicioso teledisco, alguns anúncios e desenhos animados. O filme é para se (re)ver em conjunto: AEROPLANO!

Por fim: a banda sonora das três últimas décadas a juntar ao bar com bebidas a preço baixo pela noite dentro, dá o mote para toda uma noite de conversa. E se a entrada é gratuita, por que haveria de faltar?

Resumindo:

rewinders

teledisco, anúncios, desenhos animados, AEROPLANO!

bar e música pela madrugada dentro

Sábado, 18 de Julho de 2009, pelas 21h30min.

espaços JUP — Rua Miguel Bombarda, nº 187 — Porto

ENTRADA LIVRE!

[ O nosso sincero agradecimento ao JUP pelo espaço e apoio, e à criar comunicação pelo cartaz de promoção deste evento. ]

Written by Cláudio Vieira Alves

09/07/2009 at 21:04

um novo despertar. no sótão. neste porto de abrigo.

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(publicado no, novíssimo, despertar o sótão para o qual peço, cordialmente, a vossa divulgação.)

Na cidade, como na vida, o dinamismo é, na sua base, um motor do progresso. O dinamismo cultural tem sido, porém, tendencialmente esquecido ou preterido face a outros investimentos. No Porto, perante a rara existência ou promoção cultural, identifica-se uma polarização constante que alterna entre: os quadrantes elitistas e/ou alternativos; e actividades, estritamente, recreativas e populares.

Há um sem número de portuenses que, tal como esta organização, no Porto, não encontram suficientes portos de abrigo que os estimulem culturalmente. Não existe tão pouco uma cultura diversificada que, para além de formativa se apresente — e deve, também, ser assim! — um acto de entretenimento. É este o recente Porto que se fecha, em si mesmo, nos mesmos (poucos!) espaços.

Ora, o despertar o sótão é, antes de mais, uma nova concessão para a cidade. Uma organização sem fins lucrativos. Um pequeno grupo de jovens que na sua casa de sempre, o Porto, identificam um défice cultural e espaços esquecidos que são afastados, habitualmente, de eventos culturais. Esta combinação apresenta-se, adicionando motivação à mistura, como uma possibilidade de erguer diferentes eventos culturais onde a magia da cultura poderá, aos poucos, espelhar-se nos seus participantes.

O sótão é um espaço esquecido que, tipicamente, deixamos ser habitado por macaquinhos que corroem ao comodismo. O pó esconde a magia de um espaço que ao despertar possibilita (re)encontros, descobertas e surpresas. Habite-se um espaço que pode ser útil. Que as velharias do sótão despertem e convivam com as novidades. E que o mofo ao despertar, se desprenda da cidade e se esfume na cultura.

Desperte-nos através de e-mailtwitter ou facebook.

Written by Cláudio Vieira Alves

05/07/2009 at 23:26

torno público que há dois filmes, na calha, porque anseio.

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[ “It might get Loud“, de Davis Guggenheim ]

[ “The Boat that Rocked“, de Richard Curtis ]

Written by Cláudio Vieira Alves

20/06/2009 at 18:11

todos à baixa do porto, outra vez.

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Semelhantemente aos recentes Alta da Baixa, ou os mais velhos Se esta rua fosse minha…, Porto Sounds e outras iniciativas culturais, uma recente empresa de organização de eventos culturais – Oporto Royal Club – decidiu promover no próximo Sábado, 6 de Junho, a partir das 18 horas e estendendo-se até às 6 horas de Domingo, o 12 horas no Coração da Baixa.

Cartaz do 12 Horas no Coração da Baixa.

Cartaz do 12 Horas no Coração da Baixa.

Semelhantemente, afirmei, porque a escolha da Baixa não é inocente. De facto, actualmente, o centro da cidade tem sido um “pólo aglutinador dos jovens“. Um espaço, certamente, sazonal como outros o foram mas cujo potencial está, ainda, longe de ser totalmente explorado. É, porém, na minha opinião, o único local que consegue até hoje apresentar, simultaneamente, uma agenda cultural e reunir, no mesmo espaço, quem vive a noite só, e apenas, como lugares de copos. Mais ainda, é um lugar de diferentes faixas etárias. Não esquecendo que é o centro histórico da cidade, somos forçados a concordar que todas estas iniciativas têm o seu valor.

O evento, que se desenvolve na Avenida das Aliados, propõe a exibição, ao longo das suas 12 horas, de jovens artistas do Norte no que diz respeito a, também 12, diferentes áreas de expressividade artística. As artes em exibição vão da música e do cinema até à joalharia e arte urbana. Em última análise, e de acordo com a organização, pretende-se “uma fusão das diversas tendências e das tribos urbanas.”

Para mais informações a organização apresenta um site oficial, twitter e um myspace – com uma agenda impecavelmente apresentada.

Written by Cláudio Vieira Alves

03/06/2009 at 15:34